Sem nuvens, hoje o céu está só azul
só… mas não sei se o só é pouco ou muito.
Só sei que é um azul simples, sem vaidade, vago… só azul…
Azul que se parece com minha alma.
Talvez os olhos sejam espelhos,
e esse azul que vejo,
Quando fecho os olhos
é o mesmo que encontro por dentro.
Sem nuvens, hoje o céu está só azul,
como se estivesse nu.
Mesmo assim, não dá para ver,
o que se esconde por trás desse azul.
Talvez os olhos sejam espelhos,
e se eu fechar os olhos,
seja mais fácil descobrir esse segredo
Por dentro.
Parece mais sensato,
saber o tom do azul de dentro,
para pintar com o azul de fora,
mas as vezes, parece que carrego um céu por dentro,
e acabo me perdendo nesse infinito
quando tento saber seu fim e início.
Só sei que é pouco e muito.
E talvez o as vezes e as vezes o talvez,
é o que faz esse azul ser único.
E o que se há de fazer?
É seguir a intuição.
Continuar respirando fundo e ser puro.
Por que segredo é segredo,
e talvez os olhos sejam espelhos,
e apenas quando fechar os olhos,
fechado em um túmulo,
saberei o porquê dos mundos.